No último dia 26 de janeiro, Luciane Moessa participou remotamente de evento realizado pela Embaixada da Holanda em Brasília, em nome da Amsterdam Declarations Partnership (ADP), no qual foi debatido o papel do setor financeiro em cadeias de produção livres de desmatamento no setor agrícola. O evento contou com apresentações do Departamento de Crédito Rural do Banco Central do Brasil, do Instituto de Pesquisas da Amazônia (IPAM), do banco Rabobank, da gestora de investimentos & Green e do climatologista Carlos Nobre, entre outras. Estiveram presentes representantes de entes públicos brasileiros, Embaixadas de outros países, instituições financeiras e organizações do terceiro setor.
A apresentação da Diretora da SIS focou em como o setor bancário pode usar as bases de dados já disponíveis em nível estadual (por exemplo, áreas embargadas por órgãos ambientais estaduais, algumas delas disponíveis online), bases de dados sobre desmatamento obtidas por satélite (como as do PRODES – INPE), combinadas com a solicitação das respectivas autorizações de supressão de vegetação, quando detectado desmatamento – quando não existe a autorização, o desmatamento é ilegal, sendo desnecessário aguardar atuação dos órgãos ambientais aplicando penalidades para essa conclusão. Ela salientou que isso é mais simples no crédito rural, mas que também é possível ser realizado no mercado de investimentos se investidores exigirem que as empresas do setor de alimentação (sobretudo soja e pecuária bovina) monitorem toda sua cadeia de produção, abrangendo não apenas fornecedores, mas também clientes (caso das fornecedoras de insumos agrícolas), indo muito além do nível imediatamente seguinte, mas sim incluindo a cadeia completa. Apontou também que a regulação bancária é falha ao mencionar apenas áreas embargadas pelo IBAMA, quando a maior parte dos embargos é realizada por órgãos estaduais, sendo que ao menos dois Estados da Amazônia (Pará e Mato Grosso) disponibilizam essas informações online.
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