Luciane Moessa, Diretora Executiva e Técnica
Idealizadora e principal fundadora da Associação SIS, é graduada e Mestre em Direito Público (UFPR) e Doutora pela UFSC (2010), tendo sido Visiting Scholar na Universidade do Texas. Ela fez pesquisa pós-doutoral sobre Sistema Financeiro e Desenvolvimento Sustentável, junto à USP (2016), com estágio de pesquisa na Europa ocidental que incluiu 7 países, além de uma visita técnica ao regulador bancário e maior banco de desenvolvimento chinês. Lecionou por 7 anos em cursos de graduação e Especialização em Direito e publicou quatro obras técnicas individuais e mais de 40 artigos científicos e capítulos de obras coletivas em editoras jurídicas tradicionais brasileiras. Foi pesquisadora sênior da Universidade de Lisboa em Finanças ASG e é autora de capítulo da obra “Sustainable Finances and the Law: between public and private solutions”, da prestigiosa editora Springer – a pesquisa que resultou no capítulo de autoria dela começou a ser construída em 2014, consistindo num benchmarking das regulações bancárias em matéria climática e socioambiental nos 5 continentes. Durante mais de dez anos, treinou profissionais em resolução consensual de conflitos coletivos que envolvem políticas públicas. Sua carreira jurídica de duas décadas inclui atuação no Departamento Jurídico da Cooper Standard Automotive, advocacia privada e como Procuradora do Banco Central do Brasil (2007 a 2016).
Luciane é conferencista de nível internacional há muitos anos, assim como articulista na grande imprensa brasileira. Começou a atuar profissionalmente com Finanças ASG desde que fundou a consultoria Soluções Inclusivas Sustentáveis em 2017. Atualmente, além de dirigir a associação SIS, que tem atuação em Finanças ASG em âmbito global, também é consultora da FAO em Finanças Verdes (bancos e seguros) para o continente africano. Em 2017, Luciane fundou a Soluções Inclusivas Sustentáveis (SIS), uma consultoria que constitui o embrião da Associação SIS, com semelhante área de atuação. Nesse percurso, participou ativamente do Laboratório de Inovação Financeira (LAB), que é o principal fórum multi-stakeholder de Finanças Sustentáveis do Brasil, desde o início de 2018, e integrou-se à Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura em junho do mesmo ano. Já ministrou treinamentos para a área de supervisão do Banco Central sobre Responsabilidade Socioambiental no Setor Bancário em duas ocasiões; produziu diagnóstico sobre o estágio das instituições financeiras de desenvolvimento brasileiras com relação à integração de fatores socioambientais (em parceria com a ABDE); realizou estudo sobre regulação financeira e riscos de desmatamento envolvendo países tropicais da América do Sul e do Sudeste Asiático para a Chain Reaction Research; produziu conteúdo para treinamento sobre riscos de desmatamento para instituições financeiras (iniciativa do WWF, UNEP-FI, FEBRABAN, ABDE e ABBC); em 2020, levou ao Brasil e outros cinco países da América do Sul, além das três maiores economias africanas, as primeiras informações e oportunidades de engajamento na Taskforce on Nature-related Financial Disclosures (TNFD), que é a nova fronteira em matéria ambiental no setor financeiro em nível global (vindo a agregar-se à agenda climática); realizou importante estudo para a GIZ sobre Gestão de Riscos Sociais no Setor Financeiro no Brasil (vindo a produzir um Guia sobre o assunto); atuou como consultora para a Sustainable Banking and Finance Network, da International Finance Corporation (grupo Banco Mundial), e vem participando de consultas públicas de reguladores financeiros (e outras entidades relevantes) em matéria de sustentabilidade em nível global (incluindo o Brasil, em que contribuiu de forma decisiva para regulações do Banco Central e da SUSEP e participou, ainda que sem sucesso, das consultas públicas da CVM e da ANBIMA de 2021). Fora do Brasil, já contribuiu em consultas do Bank of International Settlements (BIS), da International Association of Securities Commissions (IOSCO), da International Association of Insurance Supervisors (IAIS), da International Association of Pension Supervisors (IOPS), da Comissão Europeia, da Securities Exchange Commission (dos EUA), e consultas de reguladores de mercado de capitais da China, do Chile e da Índia. Além disso, segue capacitando-se continuamente na matéria e disseminando informação de qualidade e vanguarda na agenda das Finanças ASG (sigla que engloba aspectos ambientais, sociais e de governança) para o Brasil, por meio da realização dos BIS (Bate-papo Inclusivo e Sustentável), evento online e gratuito dirigido a stakeholders desse grande e complexo ecossistema das Finanças ASG.
Guilherme Lima, Diretor Administrativo e Financeiro
Guilherme é graduado em Economia, tem Mestrado em Planejamento Energético pela UFRJ, onde atualmente cursa o Doutorado, em ambos os casos com ênfase em gestão ambiental. Guilherme tem experiências acadêmicas na Universidade do Porto e no Instituto Nacional de Tecnologia (Índia), foi Professor na UFF e é gerente de estudos no Centro Brasil no Clima (CBC), entidade fundada pelo consagrado ambientalista e ex-deputado federal Alfredo Syrkis, desde 2020.
Guilherme tem experiência na análise de instrumentos econômicos para a preservação da biodiversidade na Amazônia, desenvolvimento de políticas públicas e processos participativos para a co-construção dessas políticas. Já participou de pesquisas sobre a implementação da NDC brasileira e financiamento climático (cooperação internacional). Ele integra a equipe técnica de Taxonomia Sustentável da SIS (setor de Energia) desde o início de 2023 e é representante suplente da SIS (em apoio à titular Luciane Moessa) no Comitê da Taxonomia Sustentável do Ministério da Fazenda e no Grupo de Trabalho sobre Transformação Ecológica, da SUSEP.
Saulo Andrade, Gerente Executivo
Saulo é biólogo com Mestrado em Ecologia pela Universidade de Brasília. Ele tem vasta experiência no terceiro setor e em organizações do sistema ONU (FAO e PNUMA) no continente latinoamericano, gerenciando projetos financiados pelo Global Environment Fund (GEF). Sua trajetória profissional inclui participação no desenvolvimento da Estratégia Nacional de Biodiversidade junto ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), na primeira gestão da Ministra Marina Silva e atuação como Professor de Ecologia Vegetal (Faculdade da Terra), além de ter atuado em várias frentes nos primeiros anos após a fundação do Instituto Socioambiental (ISA). Além da gerência executiva, Saulo também apoia a SIS em atividades de engajamento em Brasília e junto ao terceiro setor em geral, bem como nas estratégias de comunicação e fundraising.
Conselho fiscal
Leonardo Ferreira
Associado fundador da SIS, Leonardo é engenheiro agrônomo (UFMG), Mestre em Produção Vegetal e Doutorando em Alterações Climáticas pela Universidade de Lisboa e em Ciências Florestais pela USP. Com mais de 17 anos de experiência em setores estratégicos, atua em temas como crises climáticas, uso da terra, segurança alimentar, transição energética e restauração de ecossistemas. É também Gerente de Programas da 1Treellion Global Funds e possui expertise na implantação de modelos produtivos rurais com foco na transição energética, avaliação de danos socioambientais e desenvolvimento de políticas para recuperação pós-desastres. Leonardo fez parte da equipe técnica da Taxonomia em Finanças ASG da SIS (setor de Agricultura).
Mayara Campos
Associada da SIS desde 2022, Mayara é oceanógrafa e Mestre em Sistemas Costeiros e Oceânicos (UFPR), com pesquisa focada nos impactos das mudanças climáticas em sistemas oceânicos. Atualmente, estuda finanças sustentáveis e trabalha na Ernst & Young (EY) na equipe de mudanças climáticas. Mayara também fez parte da equipe técnica de Taxonomia em Finanças ASG da SIS, sendo autora da contribuição técnica sobre restauração de ecossistemas marinhos (mangues, corais e restingas).
Tatiana Bastos
Associada da SIS desde 2023, Tatiana é graduada em Direito (2012) e História (2005), com Especializações em Direito Civil Constitucional (UERJ) e em Direitos Difusos e Coletivos, além de Mestrado em História Social (UFRJ). Participou da COP 15 da Biodiversidade (Montreal/Kumming), em que foram pactuadas as metas da biodiversidade para o próximo decênio, incluindo pela primeira vez metas para o setor financeiro privado. Preside o Instituto de Direito Coletivo (IDC) desde 2017 e é advogada privada no Rio de Janeiro. O IDC desenvolve projetos em matéria ambiental e social.